quinta-feira, 1 de maio de 2014

TEXTO DA MIRIAM DA TURMA 301

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO SENHOR DOS CAMINHOS
Nome: Mirian Elisa Dallagnol                               Nº: 28                        Turma:301

Conceito de liberdade através dos séculos, segundo Hannah Arendt
         Para Hannah Arendt, liberdade é a forma – através de ações e linguagem – na qual o homem se manifesta em espaços públicos. Na antiguidade, Hannah conceituou duas formas de escravidão: labor, aquele que trabalhava com o corpo todo e faber, que trabalhava com as mãos, com artesanato em geral. Partindo desse ponto, era considerado um homem livre quem tinha fortuna, propriedades e, principalmente, tempo para ir até a Ágora discutir com seus iguais o futuro da Pólis, ou seja, praticar a política. Além desta concepção, livre na antiguidade era quem perpetuava seu nome construindo uma grande obra. Ambos os conceitos caíram por terra com Sócrates, filho de labor e faber, que ia para o mercado discutir e elaborar conceitos, transformando assim, os filósofos nos homens livres que antes eram os ricos.
            Na Idade Média, no entanto, o conceito de liberdade muda e passa a ser definido pela renúncia, pela bondade, pelo isolamento e pelo tempo dedicado à oração e meditação.
            Já na Idade Moderna – da década de 60 até os anos 2000 – há o surgimento de grandes filósofos, como Calvino, Lutero, Karl Marx, Adam Smith e Looke, que defendiam o trabalho como forma de obter liberdade. Para eles, o trabalho proporciona o acúmulo de riquezas, de bens e de propriedades e com eles um homem é considerado livre. A partir deste pensamento, por volta de 1780, 1880 e 1970 acontecem a I Revolução Industrial, II Revolução Industrial e I Revolução Tecnológica, respectivamente. Surge assim uma sociedade com homens superficiais que se dedicam inteiramente ao trabalho, ao consumo e à agregação de coisas externas. Nesta sociedade iniciam os grandes problemas ambientais, a exploração tanto da natureza quanto de iguais. Os homens da modernidade fazem jus às palavras de Maquiavel, de que “os fins justificam os meios”, como também – principalmente – às de Hobbes, de que “o homem é o lobo do homem”.
            Chegamos então na Pós-Modernidade, onde há uma transição importante do pensamento de que se vive para o trabalho, para uma ampliação de consciência, onde o homem livre é aquele que busca a sua verdadeira essência, que olha para dentro de si com o objetivo de conhecer o “eu” que antes era ocultado pelo ego e pelo superego.
            Hannah Arendt mostra-nos então, como, através de anos, décadas e séculos, a sociedade muda suas características e conceitos. Como vivemos em uma época claramente transitiva, precisamos repensar nossos pensamentos e educação para possibilitar o acompanhamento de tais mudanças.


         

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