ESCOLA
ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO SENHOR DOS CAMINHOS
Nome: Mirian Elisa Dallagnol Nº:
28 Turma:301
Conceito
de liberdade através dos séculos, segundo Hannah Arendt
Para Hannah Arendt,
liberdade é a forma – através de ações e linguagem – na qual o homem se
manifesta em espaços públicos. Na antiguidade, Hannah conceituou duas formas de
escravidão: labor, aquele que trabalhava com o corpo todo e faber, que
trabalhava com as mãos, com artesanato em geral. Partindo desse ponto, era
considerado um homem livre quem tinha fortuna, propriedades e, principalmente,
tempo para ir até a Ágora discutir com seus iguais o futuro da Pólis, ou seja,
praticar a política. Além desta concepção, livre na antiguidade era quem
perpetuava seu nome construindo uma grande obra. Ambos os conceitos caíram por
terra com Sócrates, filho de labor e faber, que ia para o mercado discutir e
elaborar conceitos, transformando assim, os filósofos nos homens livres que
antes eram os ricos.
Na Idade Média, no entanto, o
conceito de liberdade muda e passa a ser definido pela renúncia, pela bondade, pelo
isolamento e pelo tempo dedicado à oração e meditação.
Já na Idade Moderna – da década de
60 até os anos 2000 – há o surgimento de grandes filósofos, como Calvino,
Lutero, Karl Marx, Adam Smith e Looke, que defendiam o trabalho como forma de
obter liberdade. Para eles, o trabalho proporciona o acúmulo de riquezas, de
bens e de propriedades e com eles um homem é considerado livre. A partir deste
pensamento, por volta de 1780, 1880 e 1970 acontecem a I Revolução Industrial,
II Revolução Industrial e I Revolução Tecnológica, respectivamente. Surge assim
uma sociedade com homens superficiais que se dedicam inteiramente ao trabalho, ao
consumo e à agregação de coisas externas. Nesta sociedade iniciam os grandes
problemas ambientais, a exploração tanto da natureza quanto de iguais. Os
homens da modernidade fazem jus às palavras de Maquiavel, de que “os fins
justificam os meios”, como também – principalmente – às de Hobbes, de que “o
homem é o lobo do homem”.
Chegamos então na Pós-Modernidade,
onde há uma transição importante do pensamento de que se vive para o trabalho,
para uma ampliação de consciência, onde o homem livre é aquele que busca a sua
verdadeira essência, que olha para dentro de si com o objetivo de conhecer o
“eu” que antes era ocultado pelo ego e pelo superego.
Hannah Arendt mostra-nos então,
como, através de anos, décadas e séculos, a sociedade muda suas características
e conceitos. Como vivemos em uma época claramente transitiva, precisamos
repensar nossos pensamentos e educação para possibilitar o acompanhamento de
tais mudanças.
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