Eduarda
dos Santos Lemes
Número: 08 Turma: 301
Liberdade
X Igualdade
A Liberdade
ou a direita, defende os direitos humanos e o direito de cada um vencer na vida
e buscar a felicidade à sua maneira. A liberdade sem limites, porém, conduziria
à tirania dos mais fortes sobre os mais fracos. Já a Igualdade ou a esquerda, defende os direitos sociais e a ideia de
que os mais fortes têm a obrigação de ajudar os mais fracos.
Esses dois princípios, em parte, se
excluem entre si. Os seres humanos não nascem todos iguais. Eles se diferem em
capacidade, talento e empenho. Numa sociedade que aplica o princípio da
igualdade como valor maior, os melhores não poderão se destacar.
Por outro lado, em uma sociedade em que
a liberdade é total, alguns se sairão melhor do que outros. A consequência é
que estes se tornarão cada vez mais ricos. E isso gerará a desigualdade.
Exemplo: “Direita ou esquerda?
Uma universitária cursava o sexto
semestre da Faculdade. Como é comum no meio universitário, pensava que era de
esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza. Tinha vergonha do fato de
seu pai ser de direita e, portanto, contrário aos programas e projetos
socialistas que previam dar benefícios aos que não mereciam e impostos mais
altos aos que tinham mais dinheiro.
A maioria dos seus professores tinha
afirmado que a filosofia de seu pai era equivocada. Por tudo isso, um dia,
decidiu enfrentar o pai. Falou com ele sobre o materialismo histórico e a
dialética de Marx, procurando mostrar-lhe que estava errado ao defender um
sistema tão injusto como o da direita.
No meio da conversa o
pai perguntou:
- Como vão as aulas?
- Vão bem, respondeu
ela. A média das minhas notas é 9, mas me dá muito trabalho consegui-las. Não
tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.
O pai prosseguiu:
- E a tua amiga Sônia,
como vai?
Ela respondeu com muita
segurança:
- Muito mal. A sua
média é 3, principalmente, porque passa os dias em shoppings e em festas. Pouco
estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Com certeza, repetirá o
semestre.
O pai, olhando nos
olhos da filha, aconselhou:
- Que tal se você
sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam
transferidos 3 pontos das suas notas para as da Sônia. Com isso, vocês duas
teriam a mesma média. Não seria um bom resultado para você, mas convenhamos,
seria uma boa e democrática distribuição de notas para permitir a futura
aprovação de vocês duas.
Ela indignada retrucou:
- Por quê?! Eu estudei
muito para conseguir as notas que tive, enquanto a Sônia buscava o lado fácil
da vida. Não acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a
outra pessoa.
Seu pai, então, a
abraçou carinhosamente, dizendo:
-
Bem-vinda à Direita!’’
Retirei essa pequena história de um
site, EU achei ela muito interessante por falar do fato de acreditarmos na
igualdade, mas talvez no nosso dia a dia, sem perceber, não aplicá-la.
Nós seres humanos somos egoístas e
individualistas por natureza, por isso precisamos de uma autoridade para impor
ordem. Ao mesmo tempo apoiamos a liberdade, que permite a existência das
desigualdades sociais.
Então o que fazer para manter liberdade
e igualdade unidas? Como promover a igualdade se os próprios programas sociais
nos estimulam ao oposto?
O que normalmente temos é uma falsa
noção de que há, principalmente, igualdade de condições. Exemplo: a política de
cotas, que trata desigualmente os desiguais, estaria errada, pois divide a
sociedade ao invés de uni-la. A lei não
faz distinções, porém as cotas fazem.
Para manter liberdade e igualdade
unidas falta a fraternidade das pessoas. Não basta permitir que uma pessoa seja
livre e que tenha direitos iguais aos dos outros, é necessário ajudá-la a se
desenvolver. Devemos parar de sermos materialistas para abrirmos um caminho
para um futuro em que seremos livres, iguais e fraternos.