Trabalho de Filosofia
Análise do filme "O preço do amanhã"
Hoje em dia muitos valores estão
perdidos, pessoas com muito, e outros com tão pouco, pessoas com dinheiro de
sobra, bens materiais intermináveis, porém, tão vazias sentimentalmente. Não
acho que vale a pena ter infinitos bens materiais e não ter uma pessoa que
realmente se importe contigo, que não seja por obrigação, tipo familiares, ou
que só se “importe” com você pelo que você tem e enquanto você pode oferecer
algo a ela, eu prefiro ter o suficiente para me sustentar, e não para ficar me
“exibindo” com tanto dinheiro, mas ter pessoas o suficiente que me façam não
sentir uma pessoa vazia, sozinha e abandona, que se preocupem comigo.
Tempo e dinheiro, duas coisas que
na maioria das vezes não se encaixam, por quê? A maioria das pessoas que tem
dinheiro de sobra e tempo de menos, pois se matam trabalhando para conseguir
dinheiro, mas não tem nem ao menos tempo de desfrutar daquilo que conseguiu,
até perdem família, cônjuge, carinho dos filhos, por se importar mais em
conseguir dinheiro do que dar atenção daqueles que estão ao seu redor.
Sobre o filme, o custo de vida
sobe todo o dia, pelo que entendi, na concepção que os mais “ricos” tinham no
filme, é que aqueles que tinham pouco, eram irrelevantes para a sociedade
deles, então só “mereciam” viver para sempre, aqueles que tinham muito a
oferecer a sociedade, eles não queriam alimentar as esperanças daqueles que
tinham pouco, por isso, as zonas de tempo que serviam para guardar “tempo”
faziam empréstimos para as pessoas conseguir mais tempo de vida, mas o custo
subia todo o dia para que justamente eles não conseguissem mais pagar, para
aqueles que tinham mais, serem “imortais”.
Em relação a nossa sociedade,
pessoas estão morrendo, não por falta de tempo, mas sim por fome, falta de bons
recursos oferecidos pela saúde pública, doenças, entre outros, enquanto outros
que têm recursos quando ficam doentes gastam muito tentando se “curar” para ter
mais tempo de viver, e mesmo gastando tanto, ainda tem muito dinheiro. Tiro
disso que pessoas que gastam e preocupam-se tanto investindo em si mesmas,
poderiam ajudar pessoas carentes, fazer doações para ajudar o próximo, mas não
se importam com esses “desconhecidos”. Existem pessoas boas, caridosas, mas se
todo o dinheiro que tem no mundo fosse distribuído corretamente ninguém teria
que passar por dificuldades, pessoas não morreriam de fome, teriam oportunidade
de bom padrão de vida, mas quem se importa?
No filme as “zonas de tempo” são
como os bancos na vida real, elas guardam tempo, mas só para aqueles que têm algo
a oferecer. O banco tem dinheiro, mas só para aqueles que tem como retribuir
seus empréstimos.
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